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Projeto de etnoturismo em terra indígena é prorrogado até o período de pesca

Em 2017, em pouco mais de 100 dias, cerca de 200 turistas visitaram a região e geraram receita de R$ 26 mil

Atividade de pesca de indígenas que fazem parte do projeto pioneiro de turismo           Foto: Pousada Recanto do Xingu
Jornal O BRASIL
A Fundação Nacional do Índio (Funai) prorrogou a anuência concedida à atividade de visitação para fins turísticos associada à pesca esportiva nos rios 7 de Setembro e Kuluene, na Terra Indígena Pequizal do Naruvôtu. 

No ano passado, as atividades duraram de 12 de julho a 1º de outubro e o ingresso de turistas gerou receita de mais de R$ 26 mil à comunidade indígena Kalapalo. Por isso, a Funai prorrogou o prazo de continuidade do projeto por mais quatro meses após o término da anuência anteriormente assinada, 1º de junho de 2018, no intuito de abranger todo o período da temporada de pesca (junho a setembro de 2018). 

O projeto pioneiro de turismo, em parceria com a operação de pesca esportiva Pousada Recanto Xingu, mostrou-se como uma alternativa sustentável e exitosa para todos os envolvidos. No curto período de execução, pouco mais de 100 dias, o projeto recebeu a visita de 223 turistas pescadores das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, principalmente de Minas Gerais e Goiás. 

O ingresso desses turistas gerou receita de mais de R$ 26 mil. A renda foi destinada diretamente à comunidade indígena Kalapalo e aplicada na aquisição de bens de uso comunitário, como: maquinários destinados à alimentação, contratação de trabalhos mecânicos de terraplanagem para a construção da nova Aldeia Naruvôtu, aquisição de combustível para transporte dos indígenas em seus eventos culturais, ajuda financeira para brigadistas dos programas de combate ao fogo das esferas estaduais e federais, manutenção dos transportes comunitários, terrestres e fluviais e outras obras comunitárias. 

O Presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, ressaltou a importância do desenvolvimento de projetos como esse: "Todos os dias recebemos pedidos de indígenas que querem se autossustentar e aumentar sua renda, seja através da agricultura ou do turismo. Esse projeto de turismo em terra indígena é muito importante porque além de aumentar a renda da comunidade ainda preserva o meio ambiente. Projetos como esse têm todo o apoio da Funai."

Em virtude do período de defeso, que é regido pela Instrução Normativa Interministerial MAPA-MMA n° 10 de 2016, no período de 1° de outubro a 31 de janeiro, época de reprodução natural dos peixes, a pesca fica paralisada no Estado de Mato Grosso. 



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